sábado, 24 de agosto de 2013

Essa chuva miúda que me cala os ossos
não me cala a voz que canta

Essa chuva miúda
é um instrumento de desafogo
como chorasse as lágrimas do mundo
e preciso escrevê-las e escrevê-las
para que germinem a terra 
de meu ventre poético

Choram por mim as nuvens
para que eu tenha a calma
para absorver esse incansável pranto
e cantar
aliviada como um grão

Nenhum comentário:

Postar um comentário