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SONETO DO EXÍLIO
Preciso devassar o paraíso
sem rima previsível com sorriso
Afiançar talvez toda a bonança
e a remissão dos anos de esperança
Salvar-me de uma vez do labirinto
que me levou quem sabe a dor que sinto
e desse quase nada de abandono
a projetar um século de sono
Usando o dicionário como meta
posso letrar-me enfim como poeta
em busca da semântica escondida
Mas ai de mim! Só sei falar do exílio
que o coração buscou tal qual um filho
que parte da estação atrás da vida
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