segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O sol entrou pela janela
com trajes de menina virgem
tão jovem suspiro de luz
tão cheio de espanto
ante as expressões de dor

O sol entrou pela porta
sem cerimônia
e me chamou sorrindo
de poema novo
me chamou de flor

O sol entrou em mim
como um facho
e perfumou-me as mãos 
de primavera

Quero pensar que o tempo
é aquele relógio estragado
no fundo da gaveta
parado
parado
parado no corpo
salvo das guerras
Parado enfim
num momento de fé

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