Hoje, nosso Roubando... está mais ladrão do que antes. Além dos guris, o Motta e o Eduardo, que sempre nos alegram e nos emocionam, vamos começar com a poesia de Val Saab, que se apresenta hoje e promete o brilho de sua vida interior..
E, também, numa nova etapa desse nosso blog, começamos a apresentar a arte de Liana Di Marco, hoje com uma de suas obras mais expressivas, O Disco Solar, da Coleção Incas, Maias e Astecas. Sejam felizes, porque eu estou feliz em publicar essas pérolas que nos enriquecem...
De Liana Di Marco
De Val Saab
Eu sou valéria
gosto de bombons
e de sol
não sou magrela
nem sou baby de alguém
se existe brilho, eu não sei.
De Paulo Motta
Meus abraços aos amigos e amigas, estendo meus braços em abraços. Abraços longos, apaixonados, outros mais irreverentes dados em quem já foi, mas no fundo ainda é, abraços abraçados colados com o nariz enterrado nos cabelos que tem aquele cheiro de para sempre, aquela cor diamante de amante, de cumplicidade e segredo. O inventor do abraço certamente foi a inventora mulher, que nos ensina a abraçar antes de darmos os primeiros passos e nos vicia tanto que, às vezes, antes de dormir, precisamos daquele abraço colado melado pegado quentinho, que jorra lá de dentro do coração e acalanta nossa alma. E quando ficamos sem abraço, não há o que cure a crise de abracite aguda, que assola o coração quase congelado, entristecido. Mas tem que ser um abraço sorridente, contente, pulsante, que derreterá todo o gelo, revestirá aquele coração antes gélido em uma ursinha enrolada na manta colorida da vovó. Abraço morno, quente, enroscado, distraído, escorregadio por dentro da roupa quente mão gelada, coisa boa, rerere! Que ótimo dia pra um, dois, dez abraços, meus amigos. Beijinhos e Abracinhos!
De Eduardo Magrão Menezes
MALDITO POETA
Maldito poeta
que brota em meu peito
és um covarde.
Sim, tens defeito.
Me enganas a mente,
me faz enganar,
pois minto a todos
aos versos mostrar.
Sou propaganda enganosa,
tenho enganado aos outros
como enganei a mim mesmo.
Sou louco demente,
como poder num repente
alguém assim tão carente
virar um poeta contente?
Só pode ter sido o coração
que traiu minha razão,
mas agora caí na real,
desculpa, não foi por mal.
Preciso me retratar, não sou poeta.
Sim, é verdade, nada tenho de poeta.
Quem faz lindas poesias és tu,
sim, tu, poetisa, meu amor.
És tu a musa, a inspiração.
És o que sinto, és a paixão.
É teu sentimento, tua luz
que vampirizo e depois...
apenas traduzo,
tentando colocar no papel
a poesia em que transformaste minha vida.
Desculpa, poetisa, errei,
mas foi por amor...
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