sábado, 30 de novembro de 2013

Já levantei a taça de cicuta
Lembram vocês que me viram então?
Já levantei a taça de cicuta
e a provei até
E com ela equilibrada nas mãos
reservada para um momento de desesperada sede
cruzei o mapa mundi com os pés em carne-viva
atrás de uma conciliação
entre o ser e o estar

Não sei onde a perdi
Não sei onde a deixei encostada 
em alguma pedra do caminho

Sei que alguém pode encontrar a taça
e sei que vai bebê-la
E eu deveria estar aqui
para avisar que além dos venenos
existe outro tipo de consolo

Mas não posso
porque não sei quando descobri
que a dor é simples pulso
e o passo 
um passo apenas 
é o suficiente

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