sexta-feira, 26 de abril de 2013


Não quero mais
a pílula de veneno
no café da manhã

Não quero jato na torneira
de gás paralisante

Em algum lugar
a voz ordena
"anda" 
mas eu não posso acordar

Preciso ainda morrer mil vezes
antes que o leite morno
escorra pela garganta
e o pingo de chuva
imortalize enfim o corpo nu

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