Não quero mais
a pílula de veneno
no café da manhã
Não quero jato na torneira
de gás paralisante
Em algum lugar
a voz ordena
"anda"
mas eu não posso acordar
Preciso ainda morrer mil vezes
antes que o leite morno
escorra pela garganta
e o pingo de chuva
imortalize enfim o corpo nu
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