sábado, 13 de abril de 2013


Mesmo que lhe rompam a medula 
o poeta vai a qualquer lugar

Mesmo que lhe arranquem os olhos
o poeta vê lanternas na escuridão

Mesmo que lhe perfurem o tímpano
o poeta ouve a música do sangue

Nascido no primeiro verso
o poeta está impregnado de eternidade

Mesmo que o condenem à morte
mesmo que lhe abram as entranhas
um dia
num livro aberto sobre a mesa
o poeta vive 

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